Era do Conhecimento

A Era do Conhecimento

O assistente de Einstein perguntou-lhe porque repetia as mesmas perguntas ano após ano aos seus alunos. Porque não diversificá-las? A resposta : “As perguntas são sempre iguais, mas as respostas estão sempre a mudar.”

Sentado no meu carro às 07.48 na auto-estrada de Cascais-Lisboa, coloquei um CD que tinha comprado em Nova Iorque titulado “Unlimited Power: The New Science of Personal Achievement” de Anthony Robbins. É que nem tudo corria bem na minha vida profissional – tinha muitas perguntas para as quais não encontrava respostas capazes de me aquietar. Todos que me rodeavam pareciam ter as respostas, por menos convicção tinham mas as causas e efeitos pouco sentido faziam.

Esta viagem, ao contrário das outras todas (para todos os efeitos calculei que passava um mês em cada ano numa fila de automóveis – um mês…) era diferente. A voz de um motivador nato, capaz de nos convencer que vermelho era de facto azul, evocava frases com conceitos óbvios, simples e directos. Cada quilómetro sentia-me mais livre de tudo que me desassossegava, o nó na minha barriga desatava com cada exemplo de sucesso através desta nova forma de estar. Já tinha vivido demasiado tempo com preocupações e problemas, um atrás do outro e na realidade eu queria mudar, aliás diria que ansiava e necessitava de mudança.

Nessa semana, após ter terminado os 6 CDs da colecção e ter tido a companhia de uma voz motivante percebi que já não queria mais ouvir o negativismo e cepticismo ao qual cada um de nós acaba por se render mais cedo ou mais tarde (quase todos). É que já tinha saudades da minha companhia.

“Some people take no mental exercise apart from jumping to conclusions.”
Harold Acton [1904-1994]

Harold Acton foi um historiador, filantropo e patrono cuja verdadeira vocação era de esteta com a missão de chocar aqueles que tinham uma curta visão. Mas afinal quão importante é ler? Dado o facto que estamos em plena era da informação, sendo que a mesma reverte em valor acrescentado, a leitura, para mim, destacava-se agora cada vez mais perante a minha eterna procura da excelência.

Verificava preocupante que em Portugal, profissionais lêem em média 6 a 10 livros por… ano, valores esses, revelados no Relatório de Hábitos de Leitura. Pior é que apercebi-me que estava a contribuir para essa média – eu comprava livros só que não os lia. A sua presença na prateleira conferia-me uma certa segurança intelectual.

Passado a fase de negação, a justificação era simples – falta de tempo. A solução ainda mais simples – calculei que passava 2-3 horas no transito por dia e que em vez de ouvir musica de fundo poderia comprar livros em formato de áudio. Presentemente “leio” no mínimo um livro por semana bem como inúmero podcasts, ficando com a plena sensação de estar num curso de gestão/marketing/vida, contínuo, moldando a forma como penso, ouço e ajo. É uma solução simples e reflecte as oportunidades inerentes às novas tecnologias.

A realidade é que estamos sempre aprender, não digo isto referindo às experiências do nosso quotidiano, mas sim para aqueles que reconhecem as qualidades inerentes de alguém de sucesso, nomeadamente aqueles que dedicam o seu tempo a ir a conferências, lerem (ou ouvirem) livros, podcasts e periodicamente assistem a acções de formação. É fundamental este compromisso pois a vida é composta por perguntas e está na qualidade das perguntas que se encontra as verdadeiras respostas, ou soluções.

Lembro-me da história do Einstein que ao dirigir-se para uma aula com o seu assistente, o mesmo perguntou-lhe porque repetia as mesmas perguntas ano após ano aos seus alunos. Porque não diversificá-las? A resposta veio da forma mais directa possível “As perguntas são sempre iguais, mas as respostas estão sempre a mudar.”

Eu já me devia ter deparado com o facto que as perguntas que tenho repetem-se, mas enfrentava uma realidade onde nunca já mais as respostas mudaram e com a frequência com que as verificava presentemente num mundo que acabou neste momento de mudar novamente. Não conseguia parar de pensar que a informação era assim a nova moeda numa economia que em todas as outras vertentes se revelam numa profunda crise.

E você? Quando vai começar? Deixo aqui uma oportunidade sem risco.

Disclaimer: Não recebo nada da Audible nem tenho qualquer relação sem ser a de cliente.

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