Apple PR

Apple Quebra Silêncio e Opta Por Nova Estratégia de PR

Para quem segue a Apple a alguns anos, e leu a biografia de Steve Jobs, sabe que Jobs nunca foi fã de ninguém. Alias, ele odiava a imprensa, desprezava a opiniões dos seus clientes que acreditava saber pouco sobre o que queriam, limitava as conversas com analistas e nunca se preocupou muito com os developers. Steve Jobs geria Apple como se fosse para ele. Sorte da Apple que Jobs até sabia o que estava a fazer.

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Para quem segue a Apple a alguns anos, e leu a biografia de Steve Jobs, sabe que Jobs nunca foi fã de ninguém. Alias, ele odiava a imprensa, desprezava a opiniões dos seus clientes que acreditava saber pouco sobre o que queriam, limitava as conversas com analistas e nunca se preocupou muito com os developers. Steve Jobs geria Apple como se fosse para ele. Sorte da Apple que Jobs até sabia o que estava a fazer.

O problema é que a era pos-Jobs veio trazer novos desafios a Tim Cook, quem já liderava a empresa durante as ausências de Steve Jobs e que acabou, previsivelmente, por ficar com o lugar de CEO.

Mas recentemente, Apple viu-se embrulhada numa crise de PR em torno das condições nas fabricas da Foxconn, empresa que fabrica o iPad, iPod e iPhone. O problema é que Apple acabou por ser o bode expiatório de uma complexa situação que não só inclui diferentes países com culturas diferentes, bem como algo que diz respeito a inúmeras outras empresas que até agora parecem ter sido poupadas de todo este escrutínio.

Apple decidiu então alterar a sua estratégia de silencio, que tinha jogado até à pouco em seu favor, para se tornar mais aberta e interagir com os media. Em 2011 já a Apple tinha se tornado membro da Fair Trade Association (FTA), após 5 anos de tentativas por parte da ultima. Ao se juntar, e por causa da ma publicidade que recebia das condições laborais na China, Apple pediu para ser auditada e enviaram assim uma equipa para rever todas as condições dos parceiros da Apple.

A Apple só recentemente publicou uma lista de todas as empresas com quem trabalha e fazem parte da sua supply chain. Mas as criticas continuaram, com algumas pessoas a dizerem que a FTA não era imparcial.

Muito recentemente, a Apple aceitou, ou convidou, um canal de prime time nos Estados Unidos a filmarem e entrevistarem pessoal da Foxconn numa tentativa de parecerem mais transparentes.

Até antes do programa ter sido transmitido, já todos apontavam para o conflito de interesses dado a forte ligação entre a Disney Corporation, empresa que detêm a ABC News que fez o documentário, e a Apple. Steve Jobs (a sua família) é o maior acionista de Disney e Apple e Bob Iger, CEO da Disney faz também parte dos Board of Directores da Apple.

Mas o documentário foi feito, e até foi relativamente critico do que tinha testemunhado na China, mas nunca se esperava ver algo verdadeiramente revelador, até porque o programa só tinha 15 minutos de duração. E qual o Chinês que iria falar na televisão contra as condições laborais. De facto, o próprio tópico é deveras complexo. Se os chineses que trabalham nestas fabricas têm condições superiores a outros locais, mas inferiores ao que nós achamos corretos, devemos nós estar a ditar alterações noutros países?  Qual a responsabilidade da Apple perante empregados de outras empresas?

A realidade é que os salários foram aumentados várias vezes e as condições melhoradas, mas tudo isto teve pouco efeito na pressão constante do publico e imprensa perante a Apple e os seus quase pornográficos lucros.

A Apple decidiu então alargar a sua campanha de PR, demonstrando agora a mais valia que a empresa é para a economia local, nos Estados Unidos, através do relatório que demonstra o numero de empregos que foram criados nos diferentes mercados verticais afectos diretamente à Apple.

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Não vai ser fácil conviver com estes resultados extraordinários num ambiente em que a maioria das empresas tentam sobreviver ou nas melhores hipóteses manterem-se na sua atual posição.

Apple vai ter que continuar a demonstrar à comunidade que independentemente dos seus resultados, a empresa é responsável e traz uma mais valia à economia Americana enquanto luta pelos direitos dos trabalhadores que constroem os gadgets que o mundo parece adorar.

httpv://youtu.be/Jk-xqPKOxl4

 

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