Que Facebook

Facebook: “You Can´t Live With It, You Can’t Live Without It”

A Pew Internet divulgou ontem o seu mais recente estudo, intitulado “Coming and Going on Facebook” onde insinuou que poderíamos estar perante um ponto de viragem. Mas os números não revelam isso. O maior desafio para o Facebook não é tanto as alternativas, mas sim a relevância que tiramos do serviço

A Pew Internet divulgou ontem o seu mais recente estudo, intitulado “Coming and Going on Facebook” onde insinuou que poderíamos estar perante um ponto de viragem. Mas os números não revelam isso.

Na realidade a Pew Institute não reportou nada de preocupante para a maior rede social do mundo, mas sim os seus desejos para 2013.

Uns pretendem parar de fumar, outros perder uns quilos, e ao que parece, 27% de utilizadores do Facebook nos Estados Unidos, intencionam utilizar menos o Facebook.

Não sei que conclusão podemos retirar desta intenção. Até porque devemos assumir que a maioria, os restantes, intencionam utilizar o Facebook mais ou pelo menos o mesmo durante o ano de 2013.

Time on Facebook

Com mais de mil milhões de utilizadores, ou contas registadas, não se esperava outra coisa, algo pouco científico e passível a ser retirado fora de contexto. Até porque não sabemos se os 38% de utilizadores com idades entre os 18-29 anos intencionam utilizar menos o Facebook, por questões de Facebook fatigue, não estarão a utilizar outras alternativas, como o Twitter, Instagram, Google +, Vine, etc.

O maior desafio para o Facebook não é tanto as alternativas, dado o investimento que cada um de nós já fez no ecossistema, mas sim a relevância que tiramos do serviço. O Graph Search do Facebook, presentemente em fase de lançamento, é um dos passos que Facebook necessitava de dar pois ajuda-nos, ou empurra-nos, a uma maior descoberto para além do que já vimos e sabemos sobre os nossos networks.

Em 2012, uma reportagem da BBC, criou alguma duvida no numero de utilizadores que Facebook diz existirem. Aliás, foi necessário esta investigação para que Mark Zuckerberg assumi se que de facto 5-6% dos perfiles são falsos – ou seja 60 milhões de contas. Mas investidores, anunciantes e alguns peritos de segurança online vão mais longe. Alguns até assumem que o Facebook não pode ter mais que 250-400 milhões de perfiles ativos. O seu raciocínio, conforme o Examiner:

  1. A maioria daqueles que trabalham em marketing, comunicação e/ou outros profissionais, criam um perfil para cada website que têm, muitos, ao contrario dos termos e condições do Facebook, como perfil de pessoa e não página. O jornalista da reportagem para a BBC tem 12 contas diferentes, cada uma com conteúdo relevante ao website especifico, carregado de keywords, optimizado para uma descoberta mais fácil.
  2. O negocio que agora existe em torno da compra e venda de likes, faz com que centenas de milhares de contas sejam criadas para esse efeito e nada mais.
  3. Os próprios utilizadores verdadeiros, criam muitas vezes várias contas. Alguns porque querem ter uma conta profissional e outra pessoal, outros que perderam a password ou fartaram-se do seu perfil.
  4. Mas mais importante é o facto que o próprio Facebook não permite o apagar das contas. Se por acaso desligar uma conta sua, e sem querer colocar novamente o username e password dessa conta, a mesma fica suspensa à espera que valide se quer ou não a recuperar. Mas não estava apagada?

Mas o verdadeiro desafio para o Facebook é a mudança dos utilizadores para mobile, criando dificuldades no modelo de negócios assente na publicidade. As suas mais recentes experiências, de sugerir a compra de algo para alguém que faz anos, até é interessante mas o seu sucesso está sempre condicionado ao que o utilizador pretende fazer e a forma como o mesmo vê o Facebook – não como plataforma de ecommerce mas sim como uma rede social onde tudo, aparentemente é gratuito.

Imagem de destaque: Dubin & Lee

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