Depois de tanta especulação, a Apple revelou o iPad, a terceira geração. Muitos provavelmente acharam que o evento revelou pouco, mas mais uma vez as expectativas eram demasiadas altas.
Na realidade, a Apple domina não o mercado do tablet mas sim o mercado do iPad, tudo o resto fica demasiado aquém para até ser considerado concorrente. Não é uma questão de gosto ou de opinião. É um facto e basta olhar para os números.
Mas antes de ficar com a ideia que a Apple vai lançar e revolucionar o iPad e em Setembro/Outubro, o iPhone, é importante analisar duas questões muito importantes.
A primeira prende-se com o facto que o iPad bem como o iPhone, são dispositivos de alta qualidade que vão ver nas suas atualizações, incrementos de funcionalidade, mas nada de revolucionário. São aparelhos já bastante avançados com um enorme sucesso mas com ainda com um gigante mercado a conquistar.
Em segundo lugar, a Apple está fazer toneladas de dinheiro com a sua estratégia e está sempre a contar com novos clientes bem como aqueles que saltam uma geração. A Apple não conta com os verdadeiros fãs que passam de geração para geração de equipamento, para ter sempre o mais atualizado aparelho no mercado.
O novo iPad foi assim lançado com algumas melhorias que umas vezes são subestimadas. Uma delas é a resolução do ecrã, agora com 2038×1536 com 3.1 milhões de pixéis – algo inédito. Eu sempre achei a resolução do meu iPad optima, imagino agora com este nível de resolução.
Claramente, o objectivo é de tornar um dispositivo que era principalmente para consumo de media, numa autentica maquina para a produção de conteúdos.
Só para irritar um pouco mais a Adobe, o novo iPhoto app, que custa apenas €4.99, vai incluir browsing inteligente, edição multitouch, efeitos de uma qualidade profissional e a possibilidade de passar facilmente fotografias do iPad para o iPhone novamente para o iPad (photo beaming).
A adição de 4G LTE poderá não ser impressionante dado que muitos dos equipamentos já começam aparecer com 4G mas o que poderá passar despercebido é a autonomia da bateria que passa a ter 10 horas e 9 horas com utilização 4G. Dado que LTE consome mais energia, este pequeno grande pormenor é impressionante. E ao contrario do que muitos diziam, o tamanho do iPad mantem-se – não engordou (ok ficou 0.6 mm mais largo), algo que parece-me óbvio dado a importância que a Apple sempre deu ao diminuição do tamanho, quer do iPhone, quer do iPad.
Quem não deve ter ficado contente é a AT&T que está neste momento a sofrer com a sua rede a ser crucificada pela utilização massificada de dados graças ao iPad e iPhone. Imaginei agora com 4G LTE. A sua resposta foi de estrangular a velocidade de dados para quem utiliza mais de 3G por mês, o equivalente de 10 horas de vídeo em HD, isto independentemente de ter vendido contratos ilimitados.
Curioso é o facto que o novo iPad não vem com o nome que se esperava. Alias a maioria das pessoas ficaram sem saber qual o nome, dado que os anfitriões iam alternando entre “next generation iPad” e “new iPad”.
Tom Cook parece estar cada vez mais a encontrar a sua persona, até demonstrando aquele humor tipicamente Steve Jobs: “Who will come out with a product that’s more amazing than the iPad 2?,” perguntou Cook à audiência. “Well stop wondering,” ele respondeu perante as gargalhadas. “We are”.
De resto, pode encontrar câmaras de melhor qualidade, sensores superiores, filtro híbrido, gravação de vídeo em HD, sistema de reconhecimento de voz (Siri), possibilidade de utilizar o iPad como hotspot,
Mas a Apple vai dando passos importantes muitas vezes sem darmos por eles. O novo Apple TV setbox é mais uma passo no que a Apple acredita ser o caminho para resolver o “problema” com as atuais NotSoSmart televisions.
Como seria de esperar o novo iPad vai estar disponível nos Estados Unidos no dia dos meus anos (hint hint), 16 de Março, e rapidamente chega a Portugal no dia 23.
No fim, Cook prometeu mais inovação durante o ano de 2012 e não estava a falar somente do novo iPhone. Está na altura então de começar a nova ronda de rumores.
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