No Hooking On Linkedin

LinkedIn Junta-se Ao Clube Dos Pudicos

Na era digital em que o conhecimento, informação, relevância e geo localização reina, porque é que LinkedIn não optou pela utilização de tecnologia para refletir as necessidades legais dos seus utilizadores? Deverá uma empresa ter medo de ofender alguns, comprometendo o seu core business?

Ontem, um artigo no ReadWrite(web) suscitou a minha curiosidade pelo seu titulo. Percebi logo que LinkedIn estava agora a “limpar” a sua rede profissional dos demónios da sociedade de hoje, mas algo preocupante surge neste aparente ato cívico. É que em certos países, a prostituição não é ilegal e em outros muito menos imoral – uma forma de proteger quem exerce esta profissão.

Quero também ser claro que este artigo não reflete opiniões pessoais sobre a prostituição – para todos os efeitos é irrelevante. A minha preocupação está nos atos de censura que não refletem o mundo em que vivemos agora – global e local – generalizações já não funcionam nem fazem sentido.

Conforme o artigo de Owen Thomas, LinkedIn introduziu uma seria de alterações na sua política de privacidade e termos de utilização da maior rede social para profissionais.

[quote align=”right” color=”#999999″] “i. Even if it is legal where you are located, create profiles or provide content that promotes escort services or prostitution.” [/quote]

O que surpreendeu o autor do artigo foi a cláusula referente à prostituição, independentemente de ainda existir (hoje) a possibilidade de atribuir o tal skill alguém na rede. No passado, LinkedIn já tinha proibido anúncios de serviços ilegais, mas como em certos países a prostituição é legal, estes profissionais encontraram outra forma de divulgar os seus serviços.

Prostitution Skills

Um skill que poderia bem ser aplicado a muitos de nós se pensarmos no que temos que fazer de vez em quando para ganhar um negócio.

Mas da mesma forma que Google Search dá-nos as ferramentas para evitar conteúdo (legal) que não nos interessa, ou que não queremos ver, porque é que LinkedIn não optou pelo mesmo caminho?

De acordo com Pedro Caramez, um profissional que dedica a sua vida profissional ajudar empresas e individos a tirar o maior partido da sua utilização do LinkedIn,

“estas alterações à política de uso do Linkedin poderão trazer alguns problemas delicados para outras áreas de atuação com limitações óbvias em determinados países. A venda de armas é um dos exemplos flagrantes. O gabinete do Linkedin Trust & Safety terá agora mais trabalho para assegurar o cumprimento desta norma tão discutível.”

Na era digital em que o conhecimento, informação, relevância e geo localização reina, porque é que LinkedIn não optou pela utilização de tecnologia para refletir as necessidades legais dos seus utilizadores? Deverá uma empresa ter medo de ofender alguns, comprometendo o seu core businessmatchmaking de profissionais com aqueles que procuram skills específicos?

Pessoalmente preferia ver alguns profissionais da área financeira bloqueados pois o que fazem é tão ilegal como imoral, afectando-nos todos no nosso dia a dia.

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