Seedcamp Lisbon #Seedcamp

Live @ #SeedCamp – O Que Um Investidor Pensou Dos Startups

De vez em quando temos a oportunidade de espreitar para dentro do mundo de quem tem a possibilidade de alterar o rumo profissional de outros. Neste caso, tive a sorte de estar sentado atrás de um investidor que anotava tudo no programa do Seedcamp – as suas primeiras impressões. O que podemos aprender com isto?

Seedcamp Lisbon #Seedcamp

De vez em quando temos a oportunidade de espreitar para dentro do mundo de quem tem a possibilidade de alterar o rumo profissional de outros. Neste caso, tive a sorte de estar sentado atrás de um investidor que anotava tudo no programa do Seedcamp – as suas primeiras impressões.

Por razões óbvias, não vou identificar a pessoa e muito menos a sua opinião de cada startup, mas fiquei a perceber um pouco mais sobre o processo, pelo menos neste caso especifico.

Vou assumir que a pessoa em questão não fez muito research antes do evento, isto pelos comentários que escrevia ao lado da apresentação de cada startup. Depois em cima, colocava NO, Maybe ou YES.

Eis o que me apercebi:

  1. O pitch é sempre importante pois não se pode assumir que os investidores tiveram o cuidado, ou tiveram tempo, para se informarem previamente. Óbvio que podem já ter ouvido falar do startup, mas isto é tão valido para os aspectos positivos como para os negativos.
  2. Investidores procuram áreas especificas de interesse. Validado pelo facto que em algumas circunstâncias, o NO já estava decidido e colocado no topo da página do startup antes que o mesmo chegasse ao palco. Desta forma, é importante os startups irem a várias destas iniciativas mas também terem o cuidado de irem a eventos diferentes com audiências diferentes.
  3. Quando o investidor hesitava e não escrevia nada, uma de duas coisas estava acontecer. Ou estava indeciso e ouvia atentamente o que apresentavam, ou estava meio confuso e esperava que mais tarde ou mais cedo, tudo ficasse mais claro. Neste caso, o NO vinha depois dos 2 minutos dos 5 e pouco escrevia na página do startup. Se tivesse duvidas, mas percebesse bem o que tinha sido apresentado, tinha apontado varias notas ao lado da descrição do startup.
  4. Já há muito que ouvimos que se deve identificar o problema e depois rematar com a solução, mas hoje em dia isso já não chega. Devemos também estar cientes que o que se procura, é aquela ideia que nos leva a pensar “porque é que ninguém nunca pensou nisto?”. Ou seja, menos do mais.
  5. O modelo de negócios é importantíssimo. O lema de Silicon Valley (antigo) que se deve acumular tráfego e membros, deixando monetization para mais tarde, já não me parece uma opção válida. Aliás, é só ver as inúmeras empresas que continuam à procura de um modelo de negócios que comporte os custos que advém de um userbase que vai aumentando exponencialmente.
  6. O pitch, em 5 minutos, tem que obrigatoriamente convencer os investidores que vale a pena investigar, sem que se coloque logo o NO no topo da página do startup. Foram várias as vezes que o NO foi colocado a meio do pitch. Desta forma podemos assumir que o startup enquadrava-se no sector de interesse do investidor mas que a meio perdeu-se o interesse.
  7. Por ultimo, se todos os startups acharam por bem colocarem a sua equipa num slide, e dedicarem um pouco do tempo apresentar a equipa e com isto transmitir a necessária confiança, é tão importante escolher o melhor elemento para apresentar. No geral, achei as apresentações fortes, mas nem sempre o escolhido terá sido o mais apropriado. É uma opinião minha que achei que teve algum impacto num dos startups, ou seja do NO colocado no papel.

Todavia, tentei ilustrar através de uma pessoa, o que poderá passar na mente de quem decide naquele momento se vai ou não investir o seu tempo em saber mais. Vale o que vale.

Write first comment

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *