Um jurado Inglês foi condenado a 6 meses de prisão por ignorar as ordens do juiz. É que dado a limitada inteligência do jurado, o mesmo passava o tempo a pesquisar online informação relacionada com o caso, inclusivo a Wikipedia, conforme noticia no PandoDaily.
Alguns bloggers online decidiram utilizar esta noticia como mais um exemplo de que como a nossa lberdade de expressão está a ser compremetida, um dizendo que “deixe a era da informação – ou vá para a prisão”.
Pessoalmente gostei mais da abordagem do Paul Carr:
“Jurors: just because you can’t understand anything more complicated than a Pizza Hut menu without Googling doesn’t give you the right to ignore the explicit directions of a judge in a criminal trial. When a real person is facing actual jail there are really good reasons why a judge — not fucking Wikipedia — gets to decide what’s relevant and what’s not.”
A realidade é para mim outra – encontrarmos o correcto equilibro entre quando é oportuno, para não dizer necessario, utilizar tecnologia, e quando de facto é um erro, ou neste caso ilegal.
Mas na realidade foram os tribunais que abriram um precedente, quando permitiram aos jornalistas utilizar ferramentas como o Twitter durante os julgamentos. Algo que para os jurados pode parecer de igual forma aceitável. Mas nenhum de nós quer ver as decisões de jurís decididas através de crowdsourcing.
Era só o que faltava agora, sermos julgados num tribunal pelos nossos pares, não chegando o facto que já o somos, muitas vezes injustamente, julgados na praça pública com base em poucos, nenhuns, ou pior ainda, factos errados.
O risco que corremos é acharmos que tudo está livre de ser disruptado, mas existem ainda muitos casos em que a tecnologia deverá ficar de fora. Os factos têm que ser provados num tribunal, e não vale a pena confundirmos este ponto com a opinião que os tribunais fazem, ou não, um bom trabalho.
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