Hewlett-Packard anunciou os seus resultados do ultimo trimestre, abaixo das estimativas de analistas, que já não eram grande coisa. Com um decréscimo de 44% nos lucros, podemos assumir que HP junta-se ao clube dos que já foram.
Os resultados são uma amostra do que se pode esperar dado que refletem a quebra nas vendas de PCs e impressoras, ambas hoje em dia considerados um bem comum com margens quase insignificantes.
HP desiludiu o mercado após um ano bastante conturbado culminando na noticia dada que afinal HP iria sair por completo do mercado dos PCs. Algo completamente inesperado dado que a HP é a maior empresa do sector de PCs. HP rapidamente fez o mercado saber que afinal não iria fazer tal coisa. Mas a noticia já se espalhava e demonstrava uma empresa sem rumo, ou nas melhores das hipóteses, com uma direção desatualizada. Isto um ano depois de ter comprado a Palm por $1.2 mil milhões de USD, só para depois mais tarde retirar-se do mercado dos tablets e smartphones.
Meg Whitman, a presente CEO, após o despedimento de Leo Apotheker, pediu ontem alguma calma e paciência mas muita experiência que a Whitman possa ter, só demonstra que não percebe como os mercados funcionam – esperava-se mais e a HP não cumpriu. Paciência e calma não existe no mercado de hoje.
Mas Whitman tem ao menos razão quando disse: “It took us a while to get into the situation in which we find ourselves. It’s going to take us a little while to get out.” Mas infelizmente, ao passo da presente evolução de tecnologia, e com um product cycle cada vez mais curto, tempo é um luxo que a Whitman vai ter que dispensar.
Está na altura de ser corajosa e de definir um caminho, rapidamente.
Executivos da HP desculpam-se com a falta de discos rígidos, resultado das enchentes na Tailândia do ano passado, mas para aceitarmos isso como uma causa plausível para o decréscimo de vendas, teríamos que de igual forma verificar uma quebra de PCs à venda no mercado – o que não aconteceu. Estarão eles a indicar que tiveram que comprar discos rígidos a um preço superior? Isso podia explicar a diminuição em lucros dado o aumento em custos mas nunca para o continuado decréscimo nas vendas de PCs. Isso, os executivos podem agradecer à Apple e Google.
Ainda mais preocupante é o facto que o mercado das impressoras é o que mantem a HP, de certa forma, algo competitiva, mas a preocupação deve aumentar cada dia que passa em que não existe outros mercados verticais a serem explorados.
As suas receitas de $1.47 mil milhões no seu primeiro trimestre fiscal, baixaram dramaticamente dos $2.6 mil milhões do mesmo período do ano anterior. Mas por enquanto os mercados financeiros estão a colaborar, sendo que as ações da HP só baixaram 1.39%.
Imagem: Greenpeace
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