Occupy Coca Cola

OS 99% Têm Agora Uma Missão – Atacar A Coca-Cola

Hoje, e em seguimento do movimento #occupywallstreet, os 99%, Adam Curry lançou uma verdadeira bomba. Até hoje, o movimento que iniciou em Nova Iorque e tornou-se viral pelas cidades do mundo fora, não tinha uma causa especifica nem exigia nada em especifico – difícil para que algo resulte do mesmo.

Occupy Coca Cola

Adam Curry ficou conhecido inicialmente por ser um vídeo jockey na MTV de 1987 a 1994. Durante a década dos anos 90, Curry, uma das primeiras celebridades a ter uma presença online, tornou-se num empreendedor na web especialmente na área de podcasting onde ganhou a alcunha de “The Podfather”.

Hoje, e em seguimento do movimento #occupywallstreet, os 99%, Curry lançou uma verdadeira bomba. Até hoje, o movimento que iniciou em Nova Iorque e tornou-se viral pelas cidades do mundo fora, não tinha uma causa especifica nem exigia nada em especifico – difícil para que algo resulte do mesmo.

Mas hoje tudo mudou. Curry apontou os seus canhões a uma das mais famosas empresas do mundo – a Coca Cola. E assim, o movimento finalmente apadrinhou uma causa e o resultado que procurarm e nada mais e nada menos que acabar com a Coca-cola. Imagino o que não devem estar já a pensar no HQ da Coke. F*ck!

Occupy

A sua premissa é simples de compreender – as grandes empresas dominam os políticos e a bolsa (Wall street) é o chulo. A bandeira dos Estados Unidos da America foi alterado pelos Adbusters para simbolizar o seu movimento #occupy.

Curry acredita que se os 99% querem mesmo mostrar o seu poder, vão ter que o fazer contraindo o seu músculo colectivo. Curry explica que os mercados financeiros são o quadro de pontuação e dá o exemplo da Apple – quando a empresa lança um produto novo, o enfâse está inadvertidamente nas suas ações. Curry imagina que se os 99% conseguir mover mercados financeiros, mesmo que seja só ações de uma empresa, o mundo corporativo, os políticos e Wall Street vão todos ter que ouvir.

O objetivo de #OccupyCoke tem esse mesmo objectivo, na premissa que os empresas ouvem os seus clientes, analistas seguem o crescimento e os políticos recebem das empresas – quando tudo corre bem claro.

Aos críticos que dizem que o resultado poderá ter um severo impacto naqueles milhares que trabalham na Coca Cola, Curry responde que fazer baixar o valor de uma empresa em 20% não a leva à falência, nem a mesma irá despedir milhares de pessoas. Vai sim é disruptar a força vital do sistema – cashflow.

Se por um lado, não é estranho a escolha da Coca-Cola, por outro, a razão dada pelo Adam Curry é. Aparentemente, no seu ver, todos conseguimos viver sem beber coca-cola mas o mesmo já não pode acontecer com a Apple e/ou Facebook. Sério? Ou será que ele não pode viver sem Facebook para promover a sua “causa” e está viciado em tudo Apple?

A ironia é que Curry demonstra o seu desprezo pelos media (fazendo ele parte de online media) quando escreve no seu blogue:

“A melhor parte é que quando os estúpidos dos media vierem perguntar qual o nosso objetivo, podemos todos repetir este simples mantra: Corporations own the Politicians. Wall Street is the pimp. #OccupyCoke stops the funding of the 1%.

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  1. Penso que a nova cambiante Occupy Coke, a ser levada avante, será um tiro no pé e conduzirá à descredibilização do movimento. Passo a explicar, começando pelo alvo escolhido: Coca-Cola. Custa-me a crer que a nação americana, cujo portentado cresceu com a Coca-Cola na mão nos dias de calor, apoie derrubar uma empresa que lhes está no sangue e que apreciam. Seria pura dissonância cognitiva, e exigiria ao movimento duas vezes mais esforço atacar algo que não está na natureza dos americanos, do que ir contra algo que seja mais fácil de eles atacarem (independentemente de ser algo menos “palpável”) como a Bolsa.

    É exactamente por a “Bolsa” ser um alvo abrangente e de costas largas que se consegue mais apoiantes para a causa. Se for algo tangível, toma-se partido e, se se toma partido, uns ficarão do lado do movimento e outros… saltam fora. A melhor forma de obter coesão interna é arranjar um alvo +- neutro ou facilmente detestável. Na Primavera Árabe foram as ditaduras e o despotismo; no governo de Aznar foi a mentira ao povo acerca do atentado ferroviário. Olhando atentamente, nos Estados Unidos o Lobby da Guerra (indústria do armamento, Guerras do Golfo, Afeganistão, Iraque…) contribui mais para manietar o poder político e económico do que a menina de coro chamada “Coca-Cola”. E sabemos quanto os custos da Guerra têm pesado no orçamento americano… Assim sendo, seria mais fácil o sr. Curry apontar baterias a essa indústria de destruição. Apontando à Coca-Cola, muitos dirão o que penso: I don’t get it…
    Por fim, parece-me pouco inteligente que alguém que está na base de um movimento, nos dias de hoje, morda a mão que o alimenta – os media. Pode ter-se dado bem na MTV, mas certamente perdeu o jeito…

  2. Penso que a nova cambiante Occupy Coke, a ser levada avante, será um tiro no pé e conduzirá à descredibilização do movimento. Passo a explicar, começando pelo alvo escolhido: Coca-Cola. Custa-me a crer que a nação americana, cujo portentado cresceu com a Coca-Cola na mão nos dias de calor, apoie derrubar uma empresa que lhes está no sangue e que apreciam. Seria pura dissonância cognitiva, e exigiria ao movimento duas vezes mais esforço atacar algo que não está na natureza dos americanos, do que ir contra algo que seja mais fácil de eles atacarem (independentemente de ser algo menos “palpável”) como a Bolsa.

    É exactamente por a “Bolsa” ser um alvo abrangente e de costas largas que se consegue mais apoiantes para a causa. Se for algo tangível, toma-se partido e, se se toma partido, uns ficarão do lado do movimento e outros… saltam fora. A melhor forma de obter coesão interna é arranjar um alvo +- neutro ou facilmente detestável. Na Primavera Árabe foram as ditaduras e o despotismo; no governo de Aznar foi a mentira ao povo acerca do atentado ferroviário. Olhando atentamente, nos Estados Unidos o Lobby da Guerra (indústria do armamento, Guerras do Golfo, Afeganistão, Iraque…) contribui mais para manietar o poder político e económico do que a menina de coro chamada “Coca-Cola”. E sabemos quanto os custos da Guerra têm pesado no orçamento americano… Assim sendo, seria mais fácil o sr. Curry apontar baterias a essa indústria de destruição. Apontando à Coca-Cola, muitos dirão o que penso: I don’t get it…
    Por fim, parece-me pouco inteligente que alguém que está na base de um movimento, nos dias de hoje, morda a mão que o alimenta – os media. Pode ter-se dado bem na MTV, mas certamente perdeu o jeito…

  3. Penso que a nova cambiante Occupy Coke, a ser levada avante, será um tiro no pé e conduzirá à descredibilização do movimento. Passo a explicar, começando pelo alvo escolhido: Coca-Cola. Custa-me a crer que a nação americana, cujo portentado cresceu com a Coca-Cola na mão nos dias de calor, apoie derrubar uma empresa que lhes está no sangue e que apreciam. Seria pura dissonância cognitiva, e exigiria ao movimento duas vezes mais esforço atacar algo que não está na natureza dos americanos, do que ir contra algo que seja mais fácil de eles atacarem (independentemente de ser algo menos “palpável”) como a Bolsa.

    É exactamente por a “Bolsa” ser um alvo abrangente e de costas largas que se consegue mais apoiantes para a causa. Se for algo tangível, toma-se partido e, se se toma partido, uns ficarão do lado do movimento e outros… saltam fora. A melhor forma de obter coesão interna é arranjar um alvo +- neutro ou facilmente detestável. Na Primavera Árabe foram as ditaduras e o despotismo; no governo de Aznar foi a mentira ao povo acerca do atentado ferroviário. Olhando atentamente, nos Estados Unidos o Lobby da Guerra (indústria do armamento, Guerras do Golfo, Afeganistão, Iraque…) contribui mais para manietar o poder político e económico do que a menina de coro chamada “Coca-Cola”. E sabemos quanto os custos da Guerra têm pesado no orçamento americano… Assim sendo, seria mais fácil o sr. Curry apontar baterias a essa indústria de destruição. Apontando à Coca-Cola, muitos dirão o que penso: I don’t get it…
    Por fim, parece-me pouco inteligente que alguém que está na base de um movimento, nos dias de hoje, morda a mão que o alimenta – os media. Pode ter-se dado bem na MTV, mas certamente perdeu o jeito…

    1. Temos a mão que alimenta, … e temos também a mão invisível, que puxa os cordelinhos. Não será esta última alimentada por arroz?

    2. Estamos a referir-nos à tão anunciada “potência” do sec. XXI, China. Será que a História deixou de ter importância nos desenvolvimentos diplomáticos e acordos entre nações? Colonização, genocídio, cruzadas em nome da democracia, e escravatura continuam em todo o seu esplendor; pouco mudou, talvez apenas os vocábulos, pois as mentes continuam muito fechadas. De ambas, China e EUA, nesta continuidade, pouco esperamos. África, sempre em pesadelo, aguardamos o despertar da Europa.

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